quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ditadura é para os covardes!

Um dos quatro fantásticos quadros de O Grito, de Edvard Munch, foi vendido nesta semana, em leilão realizado em New York, por cento e vinte milhões de dólares. E viva a crise...de identidade!

E falando em identidade, estará nas prateleiras nos próximos dias um livro-denúncia, escrito por quem estava dentro do sistema,  o sr. Cláudio Guerra, delegado que herdou de Sergio Paranhos Fleury (um dos mais sádicos e cruéis serventes da ditadura) os seus comandados. Não é leitura para pessoas que são indiferentes,mas é obrigatória para os seres humanos perceberem o quanto é podre uma ditadura.

Dia destes tive uma aula de civilização e cidadania no periodo mais duro da ditadura, durante o governo Médici, vivido por um dos mais expoentes advogados de Timóteo-MG, cujo nome reservo, pois não tenho a sua autorização formal para publicá-lo, nem sua experiências. O que viu e sofreu na mão da estupidez é de uma maldade sem fim.

Ele parafraseou e hoje repliquei no Facebook - "a pior democracia é ainda melhor do que a melhor ditadura".

Minha geração não teve acesso a escolas, dentistas, vacinas, empregos, possibilidades, nada. Fomos castrados no mais puro dos direitos, o de ser cidadão. Aqui, em New York, Paris ou até na pequena e pacata Ipatinga, circunvizinha da grande Timóteo, todos são cidadãos, e exercem os direitos e deveres da cidadania. Na ditadura todos são suspeitos ou traidores no melhor exercício Pol Pot, em qualquer ideologia. Não há bonzinhos nem mauzinhos, são sempre ruins.

Mas não queria falar sobre isto hoje, porém quando sento em frente a esta tela, o assunto que ruminei durante todo o dia fica pequeno diante dos que insistem em escapar da mente.

Enquanto isto, denuncias e mais denúncias caem sobre o sr. Cachoeira, agora o inimigo número 1 da sociedade, até que outro roube seu lugar. A poucas semans atrás era o sr. Demóstenes. Isto é exercício da democracia. O Estado não é mais refém destas ações, e não corre o risco de ser atropelado pelas "forças da aliança nacional" nem pela "Tradição, Família e Propriedade". Por mais que critiquem,  nossa luta não foi em vão. Que todos os honestos venham para o cenário político e façamos deste país o mais bonito exemplo multirracial, multicultural e multibacana do mundo.

É isto aí!


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