segunda-feira, 21 de maio de 2012

A omertá da Pedofilia

Seria impossível  deixar passar desapercebida a fala de Xuxa nesta noite no "Fantástico". Palavras duras, sóbrias e verdadeiras. Xuxa colocou o dedo na ferida que é oculta da sociedade nas ruas e despistada em alguns lares pelo mundo afora.

Passei uma parte da minha vida profissional residindo rapidamente em uma das maiores e mais ricas cidades da região sul do país. Infelizmente esta prática sofrida por ela era quase que comum aos nativos. Só de lembrar tenho náuseas. Parabéns Xuxa, você foi muito corajosa.

Para justificar o crime da Pedofilia, da mesma forma que certos advogados transformam assassinos em supostos pacientes psiquiátricos, existe no "mundo civilizado ocidental" um ativismo pró-pedófilo, que é um movimento atualmente mantido em sua maior parte através de sites na Internet. Os seus objetivos passam pela abolição ou redução da idade de consentimento, legalização da pornografia infantil e, sobretudo, a aceitação da pedofilia como uma orientação sexual ao invés de um distúrbio psicológico.

A "omertá", ou seja, o código de silêncio do submundo do crime é comum entre as famílias para não prejudicar o fulano, a fulana ou o fulaninho, filho de ciclano. É um misto de medo, terror, desespero e despreparo cultural. A criança não só é vítima da barbárie de um ente próximo, nem só vítima da culpa que leva consigo de que ela no fundo no fundo é a culpada. A criança é violentada na sua pureza, na sua crença de que todos que a cercam a querem bem.

Há erros de origem, erros de conduta e erros de percepção. A sociedade tem um certo "prazer" quando um pedófilo vai preso e sofre violência sexual na cadeia. Desta forma a vingança está completa. Será? Olho por olho, dente por dente é a solução ou é apenas mais um processo de violência gerando violência? Nada mais kafkaniano do que um processo sem motivos, apenas porque o sistema deseja que assim seja.

Fazer do pedófilo vítima de escárnio penitenciário, digamos assim, premia sua performance? Resolve o problema? Se não resolve, então a sociedade, a polícia, a política social, todos deveriam falar a mesma linguagem.

Nesta semana estou parado em um semáforo, e uma menina se aproxima para entregar material de propaganda de uma rede nacional de varejo. Falo com ela que o trabalho não é permitido para sua idade (8 a 10 anos no máximo). Emite um palavreado de baixo calão, arrancando risos de um motociclista ao lado.  Quantas pessoas abordam aquela criança por dia? Vejo ali também outra ferramenta cruel para a manifestação dos pedófilos.

O assunto é extenso. A pedofilia não é manifestação peculiar desta ou daquela igreja, nem opção sexual, nem restrita a raça, sexo ou cor. É uma aberração abominável contra o meu, o seu, o nosso mundo e a vida no Planeta Terra.

Não é assim que vamos evoluir como a raça mais inteligente da Terra!

É isto aí!

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