domingo, 13 de maio de 2012

Futebol, vergonha e descaso nacional!

Você pode não acreditar, mas consegui assistir aos trinta minutos iniciais de AtléticoXAmérica, onde o time verde&preto não fez nada a não ser faltas. Cá entre nós, é muito pouco para quem queria um título de centenário. Melhor deixar para o melhorzinho do torneio caipira.

Falando em melhorzinho, é cada vez mais grave o descaso da Cêbêéfe e da Gêeleobo para que apenas dois clubes sejam os melhores da pátria tupynambá. Para que possamos fazer uma análise só com dados oficiais, o Corinthians e o Flamengo tiveram em 2011 um orçamento de quase trezentos milhões de reais cada um, enquanto Cruzeiro e Atlético somados não chegam a duzentos e cinquenta milhões.

Pode parecer e é muito dinheiro os cento e vinte milhões do Cruzeiro, algo como dez milhões por mês, para enfrentar cinco meses de torneio caipira deficitário, sem campo, e seis meses entre um aeroporto e outro. Passagens, estadias, aluguel de campos, equipe técnica, profissionais de educação física, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, cinesioterapeutas, dentistas, sapateiros, roupeiros, marketing, diretoria, funcionários fixos, prestadores de serviços, advogados, contabilistas, água, luz, telefone, manutenção, vestuário, encargos fiscais, ônibus, motoristas, seguranças, manutenção da base com todas as suas necessidades (alojamento, alimentação, vestimenta, escola, transporte, etc.) e enfim, eles, os jogadores.

Cêbêéfe e Gêeleobo sabem disto tudo, mas acham que com apenas dois, com as maiores torcidas, podem faturar mais gastando menos. Enquanto o caminho for este, não chegaremos nunca a lugar algum. Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro e Paranaense, Cruzeiro, Palmeiras, Botafogo, Coritiba, Bahia, Vitória e Sport estão relegados a uma segunda divisão, onde não importa muito que participem, desde que não vençam. Santos, Fluminense, Vasco e São Paulo ficam na área intermediária.

Não bastasse isto, o atual presidente da Cêbêéfe deu-se um aumento salarial de parcos setenta para cento e sessenta mil reais por mês. E a maior parte dos clubes que estão na linhagem da derrota têm em seus diretores fieis escudeiros da Cêbêéfe, na mais amadora e desastrosa forma de administração dos sonhos dos torcedores.

Um diretor de futebol profissional não gasta nenhum dinheiro do seu bolso ou da sua empresa, e aceita contratos de 400, 500 ou 600 mil para pagar equipes técnicas, com o dinheiro do torcedor. Ao demitir um técnico, é comum pagar seu "salário" até o final do contrato, e coloca outro com o mesmo valor. É uma ciranda de desrespeito e de ilusão. 

É isto aí!

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