segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Banco do Jardim

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Banqueiro nunca tem a fome completamente saciada. Como sabemos desde sempre, rico come pouco à mesa para comer sempre. É a gula das estrelas do bilhão. Dia destes o presidente da turminha da privada disse que os bancos deles têm razões de sobra para tamanha gula. Segundo ele, "apenas 30%" do spread representam o lucro das instituições financeiras. Os 70% restantes são custos.

Pausa para rir - rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs - desculpe, mas sou educado e não sei falar rindo - rsrsrsrsrsrsr - 70% de custos - rsrsrsrsrsrsrsr - onde está este custo? Vou tentar explicar este custo: em 70%, 69,9% são referentes ao pró-labore dos donos de fato e 1% cobre as demais despesas, como salário dos bancários, segurança armada e inclusive o papel higiênico rala-raspa dos sanitários das agências.

O Banco Tupynambá de Descontos, O Bratusco, entre os três maiores da nação tupy-guarany, reportou à choudra um lucro líquido de apenas 2,793 bilhões de reais de janeiro a março, com a pequena e insignificante alta de 3,4 % ante igual período de 2011. O número veio menor do que a previsão de 2,85 bilhões de reais. Coitados...

Os pobres banqueiros tupynambás levaram à Cacica as motivações passionais que poderão faze-los se sensibilizarem em abaixar seu pequeno lucro. Este blog vai tecendo os comentários, que são apenas uma contribuição pessoal à patuléia, em itálico:

1 -  Diminuição da tributação sobre os bancos. Traduzindo: Quem paga imposto é pobre!

2 - Regulamentação do Cadastro Positivo aprovado pelo Congresso Nacional. Trata-se de um banco de dados dos bons pagadores do sistema bancário. Traduzindo: Devedor deve ficar só com os bancos públicos.

3 - Aumento das garantias para os empréstimos. Os bancos poderão sacar recursos de fundos de previdência para quitar prestações em atraso. As instituições também querem usar imóveis dos devedores como proteção contra eventual calote. Traduzindo: Legalizar a agiotagem, com porrada e pancada no devedor. 

4 - Concessão de incentivo fiscal para estimular programas de renegociação de dívidas em atraso. Hoje, esse benefício já existe para débitos de pessoas físicas de até R$ 30 mil. Traduzindo: Eu empresto, eu tomo tudo de uma forma legal, e o caldinho fica com cobertura oficial.

5 - Maior agilidade da Justiça para resolver pendências entre bancos e devedores. Da forma como está a lei hoje, leva-se anos para retomar um carro financiado e não pago. Traduzindo: Aos amigos a Lei, aos devedores os meus rigores em nome da lei.

É isto aí!

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